Ecobarreiras reduzem lixo no Rio Negro em mais de 50%
Foto: Semcom

A cidade de Manaus retirou 280 toneladas de lixo da orla do Rio Negro no mês de abril. O volume representa uma redução de 53,33% em relação à média mensal de 600 toneladas.

Segundo o prefeito David Almeida, a queda se deve à instalação das ecobarreiras em igarapés da capital. Os dispositivos impedem que os resíduos avancem para o leito do rio e, posteriormente, para o oceano.

Tecnologia para conter a poluição

A iniciativa, coordenada pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), conta com dez ecobarreiras em funcionamento. Elas estão localizadas em igarapés como Mindu, Franco, Passarinho, São Francisco e União.

As barreiras atuam como filtros mecânicos que retêm principalmente plásticos e outros resíduos flutuantes. “Diminuímos mais da metade do lixo que chegava ao Rio Negro”, afirmou o prefeito.

Impacto ambiental e educação da população

Apesar do avanço, David Almeida fez um alerta: falta consciência ambiental em parte da população.

A capital do Amazonas produz, em média, 2,3 mil toneladas de lixo por dia. Isso equivale a 575 caminhões-caçamba lotados.

Boa parte desses resíduos é descartada de forma inadequada. O resultado é o acúmulo em bueiros, igarapés e redes de drenagem.

Na orla da Ponta Negra, por exemplo, três equipes da prefeitura fazem limpeza contínua. “A gente limpa à noite. Pela manhã, já está tudo sujo outra vez”, lamentou o prefeito.

Sustentabilidade e futuro

A combinação entre tecnologia e conscientização é vista como chave para enfrentar o desafio ambiental em Manaus. As ecobarreiras mostram que soluções simples podem gerar grandes impactos.

Mas o sucesso da iniciativa depende também do comprometimento da população. A cidade ainda enfrenta altos índices de descarte irregular, exigindo campanhas educativas constantes.

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