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A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) conquistaram posições de destaque no ranking global do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR), divulgado nesta segunda-feira (2). As instituições foram listadas entre as 2 mil melhores universidades da América Latina.
O Inpa ocupa a posição 1.558 e a Ufam aparece em 1.999 no levantamento, que analisou cerca de 20 mil instituições em todo o mundo.
Critérios do ranking CWUR
O ranking avalia quatro critérios principais:
- Educação (25%): qualidade do ensino com base no sucesso dos ex-alunos.
- Empregabilidade (25%): desempenho dos ex-alunos no mercado de trabalho.
- Corpo docente (10%): distinções acadêmicas conquistadas por professores.
- Pesquisa (40%): número de publicações, qualidade e impacto científico.
Em 2025, o CWUR analisou 74 milhões de pontos de dados baseados em resultados.
USP lidera entre as brasileiras
Entre as universidades brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) lidera, ocupando a 118ª posição no ranking global. Na sequência, aparecem:
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 331ª
- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 369ª
Ao todo, 53 instituições brasileiras figuram na lista.
Amazonas no mapa acadêmico mundial
A presença da Ufam e do Inpa no ranking reforça o papel estratégico da região Norte na produção científica. O Inpa, com mais de 60 anos de história, é reconhecido por suas pesquisas sobre biodiversidade amazônica. Já a Ufam, a universidade mais antiga do Amazonas, vem ampliando sua atuação em ensino, pesquisa e extensão.
Desafios para o futuro
Apesar do reconhecimento, o CWUR alerta para um cenário preocupante: a queda no desempenho de instituições brasileiras, causada pelo enfraquecimento da pesquisa e do financiamento público.
“O Brasil está bem representado entre as melhores universidades do mundo. No entanto, o que é alarmante é a queda das instituições acadêmicas devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao limitado apoio financeiro do governo”, afirmou Nadim Mahassen, presidente do CWUR.
Reconhecimento global
O ranking também destacou a liderança de universidades norte-americanas. Harvard, MIT e Stanford ocupam as três primeiras posições, reafirmando o domínio dos EUA na educação superior.
Para a Amazônia, estar no radar do CWUR é mais que uma conquista simbólica. É uma prova do valor científico e social da produção acadêmica regional, essencial para enfrentar desafios globais como as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade.