Física quântica avança na bioeconomia amazônica
Foto: Divulgação
  • Visita técnica discute física quântica na bioeconomia amazônica.
  • Evento reuniu especialistas do CBA, UEA e instituições nacionais.
  • Iniciativas buscam integrar inovação e sustentabilidade na região.
  • Aplicações quânticas podem acelerar pesquisas com insumos da floresta.

A física quântica na bioeconomia amazônica ganhou destaque com a visita técnica da Liga Quântica do Brasil ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), realizada nesta semana em Manaus. A iniciativa, organizada pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), contou com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Laboratório de Tecnologias e Inovações Quânticas (LATIQ).

Durante o encontro, pesquisadores e diretores do CBA apresentaram projetos em andamento e discutiram como tecnologias quânticas podem potencializar o uso sustentável da biodiversidade amazônica. A programação incluiu demonstrações práticas, troca de experiências e debates sobre aplicações em áreas como biotecnologia, modelagem molecular e inteligência de dados.

Inovação conecta floresta e ciência de ponta

O CBA reforçou sua visão de futuro ao integrar ciência avançada e sustentabilidade. A instituição busca gerar valor para a Amazônia por meio de soluções tecnológicas com impacto socioambiental. A física quântica, nesse contexto, surge como ferramenta estratégica para acelerar descobertas e ampliar a eficiência de pesquisas.

Segundo os especialistas, a aplicação de simulações quânticas pode otimizar o desenvolvimento de novos materiais a partir de insumos da floresta. Isso abre caminho para bionegócios inovadores, com foco em geração de renda e conservação ambiental.

Como a física quântica pode transformar a bioeconomia?

As tecnologias quânticas permitem analisar moléculas complexas com maior precisão. Isso pode reduzir o tempo e o custo de pesquisas em biotecnologia, farmacologia e agricultura sustentável. “A integração entre física quântica e biodiversidade é promissora”, destacaram os pesquisadores durante a visita.

Essas inovações também ampliam a capacidade de modelar compostos naturais, prever interações químicas e desenvolver produtos mais eficazes. A floresta amazônica, com sua vasta diversidade, se torna um laboratório vivo para essas aplicações.

Três avanços previstos até 2030

  • Uso de computação quântica para simulações moleculares avançadas.
  • Criação de novos bioinsumos com base em dados da floresta.
  • Desenvolvimento de materiais sustentáveis com propriedades únicas.

Quem participou do encontro técnico

O evento reuniu nomes de destaque da pesquisa nacional:

  • Prof. Dr. Anderson Buarque (Senai-Cimatec – BA)
  • Profa. Dra. Valéria Loureiro (Senai-Cimatec – BA)
  • Profa. Rosangela Maraschin (Instituto Foton – RS)
  • Prof. Leonardo Camargo Rossato (Instituto Foton – RS)
  • Prof. Dr. Manoel Azevedo (UEA)
  • Prof. Dr. Marcelo Weber Schiller (UEA)

Ao final da visita, o grupo reforçou a importância de aprofundar conexões entre ciência quântica e bioeconomia regional.

Impactos para a Amazônia

O uso de tecnologias quânticas pode impulsionar cadeias produtivas sustentáveis na região. A combinação entre alta tecnologia e recursos naturais abre novas possibilidades para o desenvolvimento de soluções inovadoras, com foco em conservação e geração de valor local.

Além disso, a colaboração entre instituições de pesquisa e centros de inovação fortalece a posição da Amazônia como polo estratégico de ciência e tecnologia.

Glossário

  • CBA: Centro de Biotecnologia da Amazônia.
  • FUEA: Fundação Universitas de Estudos Amazônicos.
  • LATIQ: Laboratório de Tecnologias e Inovações Quânticas.

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