- O Galho Forte iniciou em abril de 2024 uma nova fase em Manaus com foco em reciclagem de plástico dos igarapés.
- Mais de 10 mil árvores já foram plantadas e dezenas de toneladas de lixo removidas desde o início do projeto.
- A tecnologia de impressão 3D usada foi criada por Ariel Amzalak durante a pandemia da Covid-19.
- O Galho Forte quer capacitar jovens e expandir o uso de impressoras 3D em comunidades da Amazônia Legal.
O projeto Galho Forte iniciou uma nova fase em Manaus: transformar o plástico retirado dos igarapés em filamentos para impressoras 3D. A tecnologia será usada para produzir objetos úteis, como vasos e materiais escolares, que retornarão às comunidades. A iniciativa, idealizada pelo deputado federal Amom Mandel, conta com a expertise do engenheiro elétrico Ariel Amzalak.
O novo ciclo sustentável começou em abril de 2024 e busca dar um destino inovador ao lixo plástico recolhido. A proposta une reciclagem, tecnologia de baixo custo e impacto social, com foco em sustentabilidade e economia circular.
Impressão 3D com plástico reciclado
A tecnologia utilizada foi desenvolvida por Amzalak durante a pandemia da Covid-19. Na época, ele criou soluções para produzir equipamentos de proteção individual e peças para respiradores. Agora, o mesmo sistema será aplicado para transformar resíduos em produtos úteis.
“Essa impressora 3D basicamente transforma um fio ou filamento em qualquer peça que a gente projete”, explica Amzalak. “O objetivo é dar utilidade ao lixo que retiramos dos igarapés, gerando um ciclo sustentável que vai muito além da coleta.”
Entre os itens que poderão ser produzidos estão:
- Vasos para plantio de árvores
- Cadernos e materiais escolares
- Peças para uso em saúde
Origem do Galho Forte
O Galho Forte nasceu em 2020 como um movimento social. Foi uma promessa de campanha de Amom Mandel: plantar uma árvore para cada voto recebido. A ideia cresceu e virou um programa ambiental permanente.
Desde então, o projeto já:
- Plantou quase 10 mil árvores
- Doou cerca de 2 mil mudas
- Removeu dezenas de toneladas de lixo dos igarapés
O foco é promover desenvolvimento sustentável com ações práticas e engajamento comunitário.
Mobilização nos igarapés de Manaus
No último sábado (14 de abril), cerca de 200 voluntários participaram de uma ação no Igarapé do São Raimundo. A atividade foi coordenada por Matheus Garcia, empresário e ativista ambiental que lidera o Galho Forte.
Para incentivar a participação, empresas parceiras como GBR Componentes da Amazônia, Amazônia B e Amazônia Connect ofereceram prêmios aos grupos que recolheram mais resíduos. Os brindes incluíram vouchers de barbearia e kits de beleza.
“A criatividade aqui é o limite”, reforça Amzalak. “Queremos mostrar que o lixo pode virar solução.”
Próximos passos do projeto
Com a nova fase, o Galho Forte pretende:
- Expandir o uso de impressoras 3D nas comunidades
- Capacitar jovens em tecnologia e reciclagem
- Reduzir o volume de resíduos nos igarapés
O projeto também busca parcerias com universidades e startups para ampliar o impacto. A expectativa é que a iniciativa sirva de modelo para outras cidades da Amazônia Legal.