- Ponto principal 1
- Ponto relevante 2
- Ponto complementar 3
Descoberta científica no Alto Rio Içá
Em maio de 2025, uma expedição científica no Alto Rio Içá, região remota no oeste do Amazonas, catalogou mais de 2.800 espécies de animais e plantas, incluindo espécies inéditas para a ciência. A iniciativa foi coordenada pelo Field Museum of Natural History (EUA) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e outras instituições.
Participação indígena fundamental
A expedição contou com a participação de 71 pessoas, incluindo pesquisadores de cinco países e representantes dos povos Kokama, Tikuna e Kambeba. O conhecimento tradicional indígena foi essencial para identificar mais de 400 espécies conhecidas localmente, das quais 135 plantas e 177 animais são utilizados na alimentação, construção, medicina e práticas culturais.
Novas espécies e biodiversidade
Entre as descobertas, destacam-se dez potenciais novas espécies de peixes e dez de anfíbios, além de aves como o formigueiro-do-Içá, que recebeu nome popular pela primeira vez. A região apresenta uma biodiversidade excepcional, com 80% de florestas de terra firme e 20% de áreas alagáveis, como várzeas e igapós.
Demarcação de Terra Indígena
A área inventariada, de 463,8 mil hectares, está em processo de solicitação de reconhecimento como Terra Indígena. A expectativa é que os dados da expedição subsidiem a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a iniciar esse processo, considerado essencial para conter o desmatamento e proteger a biodiversidade.
Importância da conservação
A expedição também mapeou sítios arqueológicos e registrou modos tradicionais de ocupação do território, como pesca, agricultura rotativa, caça e manejo florestal. Esses sistemas demonstram que os povos da floresta mantêm um equilíbrio ecológico essencial para a saúde dos ecossistemas.
Conclusão
A expedição no Alto Rio Içá reforça a importância do conhecimento indígena na conservação da Amazônia e destaca a necessidade urgente de demarcar terras indígenas para proteger a biodiversidade e os modos de vida tradicionais.